MANIFESTO
INTERNET LEGAL: LIBERDADE, SEGURANÇA E DIREITOS

A gente sonha com uma Internet Legal. Legal porque respeita, porque cuida, porque é justa. Legal também porque pulsa com a vida real — com as danças, os memes, os amores, as ideias e a coragem do povo brasileiro. É esse sonho que queremos espalhar em rede.

Somos um movimento por uma rede mais democrática. Mas o nome carrega mais do que isso: é “legal” porque defende leis que nos protejam mas também porque quer uma internet leve, divertida, diversa e do povo — onde todas as pessoas possam se expressar com liberdade, respeito e dignidade.

A gente acredita que dá pra ter uma internet democrática. Uma internet que não explora, que não impõe medo, que não oprime. Uma rede que seja nossa, que acolha nossos sonhos e as nossas vozes — de norte a sul, das quebradas às aldeias, dos interiores às periferias urbanas.

Hoje, grandes plataformas dominam a internet. Elas ganham dinheiro com o nosso tempo e com os dados que extraem da nossa vida, muitas vezes sem a gente nem perceber. Isso afeta adultos, crianças e comunidades inteiras. E vai além das telas: alimentam-se da destruição ambiental, expropriando territórios e comunidades, mercantilizando os bens comuns como as florestas, as águas, metais e outros recursos naturais – tudo para sustentar seus computadores e algorítmos.

Essas empresas não estão só vendendo anúncios. Elas estão reorganizando o mundo: espalham mentiras, alimentam o ódio, criminalizam movimentos sociais, silenciam vozes e tentam impedir qualquer mudança que ameace seus lucros. E cada vez mais fazem isso em aliança com governos que querem censurar, perseguir e dividir o povo, mas também, com governos sem a participação de sua população e que só são capazes de enxergar a ponta do iceberg do que a Internet se tornou.

Por isso, a luta por uma Internet Legal é urgente. Queremos uma internet que fortaleça os laços entre as pessoas. Uma internet onde a vida venha antes do lucro. Onde a gente possa conversar, aprender, trabalhar, criar, amar — com liberdade e sem medo.

O Brasil tem tudo para liderar esse caminho. Já fomos capazes de carregar uma promessa de futuro melhor, desde o Fórum Social Mundial ao Marco Civil da Internet. Temos uma tradição de luta por direitos e justiça. Agora, o povo precisa dar o próximo passo, mobilizar o Brasil, a América Latina e outras regiões do mundo.

Vamos juntas e juntos pressionar os tomadores de decisão e exigir regras claras que defendam a nossa gente dos abusos das grandes corporações de tecnologia e plataformas digitais.

É hora de transformar. Uma internet do povo, para o povo. Sem censura, sem exploração, sem injustiça.

Outro mundo é possível. Outra internet também.

Venha fazer parte dessa transformação.

FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO:

Lista de organizações, grupos e movimentos signatários

  1. 8M São José – Frente Feminista
  2. ABRAÇO-BA
  3. Afro Acadêmico
  4. Aláfia Lab
  5. AMSK Brasil
  6. ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
  7. Aned – Associação Nacional dos Empregados da Dataprev
  8. Associação Alquimídia
  9. Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo
  10. Associação Brasileira de Rádios Comunitárias – Abraço Brasil
  11. Associação Brasileira de Saúde Bucal Coletiva
  12. Associação Comunitária de Radiodifusão de Independência ACORDI
  13. Associação Cultural de Difusão Comunitária Pompéia
  14. AVAAZ
  15. Bancada Feminista do PSOL
  16. Casa dos meninos
  17. Centro Palmares de Estudos e Assessoria por Direitos
  18. Centro Rosa Fortini
  19. Clube de Engenharia
  20. Código Não Binário
  21. Coletivo Digital
  22. Coletivo Farpa
  23. ComunicAtivistas
  24. Conectas Direitos Humanos
  25. Conselho Federal de Serviço Social – CFESS
  26. Conselho Nacional de Saúde
  27. CPERS/Sindicato
  28. CUT
  29. DecolonizAI
  30. DevOpsDays Salvador
  31. Digital Action
  32. DiraCom – Direito à Comunicação e Democracia
  33. Donas Security
  34. Estratégia Latino-Americana de Inteligência Artificial
  35. Federação Nacional dos Sociólogos -Brasil
  36. FNDC – Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
  37. Fórum Catarinense de Comunicação
  38. Frente Hacker da UJS Brasil
  39. Instituto Alana
  40. Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia de Recife (IP.rec)
  41. Instituto de Referência em Internet e Sociedade (IRIS)
  42. Instituto Democracia em Xeque
  43. Instituto DimiCuida
  44. Instituto Garotas do Motion
  45. Instituto Telecom
  46. InternetLab
  47. Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
  48. Jornalistas Livres
  49. Laboratório de Políticas de Comunicação – Universidade de Brasília
  50. MODATA
  51. Movimento FeliciLab e Laboratório do Futuro (UFC)
  52. Movimento Humaniza Santa Catarina
  53. Núcleo de Estudos Estratégicos em Comunicação, Cognição e Computação (NEECCC)
  54. Núcleo de Tecnologia – MTST
  55. Pause & Pense
  56. Projeto Tor
  57. Rádio e TV Atitude Popular
  58. Rede de Saberes Interdisciplinares nas Gastronomias, Alimentação, Agroecologia e Soberanias (Nutes/UFRJ)
  59. Rede Democracia e Direitos Humanos
  60. Redes Cordiais
  61. RegulAÍ – Grupo de Pesquisas em Direito, Tecnologias Digitais, Regulação e Inteligência Artificial (UNEB)
  62. Setorial de Tecnologia e Soberania Digital do PSOL
  63. SINDIJOR – PR – Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná
  64. SindSaúdeBa
  65. Sleeping Giants Brasil
  66. Sociedade Civil Acaua
  67. Telas – Laboratório de Pesquisa em Economia, Tecnologia e Políticas da Comunicação
  68. Tierra Comun
  69. UNEGRO – União de negros e negras pela igualdade
  70. UNIDAD
  71. Wikimedia Brasil